28 fevereiro 2007

Golpe do Falso Banco


Essa é uma variante mais sofisticada da arapuca do empréstimo a juros baixos


Noticia da AGÊNCIA ESTADO

"Estelionatário abriu banco e fez vítimas em todo o Brasil [ 26/02 ]
O banco suíço financiava empresários e fazendeiros. Cobrava juros abaixo dos praticados pelo mercado e concedia longos prazos para a quitação do empréstimo. Parecia um ótimo negócio, mas era um golpe, apenas mais um na vida do economista Antonio Carlos da Costa Prado, hoje procurado pela polícia. Com vítimas no Brasil inteiro, desta vez houve quem perdesse até R$ 1,3 milhão. O First International Zurich Bank, do qual Prado se dizia representante no Brasil, não existia. Era uma ficção criada pelo acusado para envolver suas vítimas - suspeita-se que mais de 20 caíram na armadilha.Homem de hábitos refinados, Prado é conhecido por se vestir com ternos italianos e ostentar todos os símbolos do executivo bem-sucedido: de relógios caros a escritórios luxuosos nos Jardins, na zona sul de São Paulo. Em sua longa ficha policial - ele foi absolvido da maioria das acusações - constam como vítimas o Banco Central, o Banco do Brasil e mais de uma dezena de empresários. “Ele está foragido, mas vamos prendê-lo”, disse o delegado Marcos Gomes de Moura, que apura o golpe no 78º Distrito Policial (Jardins).Em 1995, em uma das últimas vezes em que foi preso, o economista foi apanhado quando embarcava para Frankfurt, na Alemanha. “O senhor está preso por ter aplicado um golpe de US$ 35 milhões”, disse-lhe, então, o delegado. Prado olhou de cima a baixo o policial e fez-lhe um pedido: “Doutor, fala mais baixo. Tá todo mundo olhando”. Prado ficou pouco tempo preso e foi absolvido.Ele, que se dizia amigo de políticos do PTB e do PMDB, começou a armar, segundo a polícia, sua mais recente arapuca em 2005. A sede do First International Zurich Bank era em um escritório na Alameda Lorena que ocupava um andar. A mulher do economista, Regina Aparecida Grazzeano Prado, foi indiciada no dia 16 pela polícia. “Por sua conta passou parte do dinheiro das vítimas”, disse o delegado.Prado teve a idéia de recrutar gerentes de banco por meio de anúncios em jornais. Dizia que um banco internacional pretendia contratar profissionais experientes e com uma “carteira de relacionamentos (clientes)” que atuassem fora da cidade de São Paulo. O banco de investimentos priorizava financiamentos para agronegócios e empresários de cidades de médio porte e capitais do Sudeste, Nordeste e Sul.FazendeiroUm dos gerentes que responderam ao anúncio foi Marco Ferreira da Silva, que trabalhava para um banco de investimentos na Bahia. Silva procurou o economista em São Paulo, que se entusiasmou pela carteira de relacionamentos do gerente. Prometeu contratá-lo. Silva acreditou e telefonou para seus antigos clientes, entre eles um fazendeiro de Barreiras (BA), de 58 anos. A vítima precisava de empréstimo para financiar o plantio e colheita.Seu antigo gerente ofereceu R$ 13 milhões de crédito com taxa de 7% ao ano. A carência para o pagamento dos juros seria de 12 meses e o fazendeiro teria 90 meses para o pagamento principal da dívida. Com essas vantagens, a vítima veio a São Paulo para fechar a transação. Prado mandou buscá-lo de avião e hospedou-se nos Jardins. O encontro com o cliente ocorreu na sede do banco.Prado, segundo contou a vítima à polícia, pediu-lhe documentos, como cópia da declaração de Imposto de Renda, e pediu que assinasse um contrato, cuja validade dependeria da aprovação do cadastro do cliente.Dias depois, quando o fazendeiro já havia retornado à Bahia, ele recebeu a informação de que “seu cadastro havia sido aprovado pelo banco”. O dinheiro estaria na conta do fazendeiro em dias, mas antes o cliente teria de cumprir uma última formalidade: depositar em uma conta de um banco brasileiro o equivalente a 10% do valor do empréstimo.O dinheiro serviria como garantia, espécie de seguro cobrado pela matriz do banco suíço para o envio do dinheiro a outro país. Um dia após o depósito, o dinheiro entraria na conta do fazendeiro. Mas quando ele foi verificar o saldo não havia nada. O fazendeiro contou à polícia que telefonou para Prado, que lhe disse que o dinheiro devia entrar em questão de horas, que o problema era o fuso horário. Depois, disse que o problema havia sido no câmbio, que o dinheiro estava retido pelo Banco Central. E assim foi de desculpa em desculpa até que o fazendeiro percebeu que havia sido vítima de um golpe.No fim de 2006, o 78º DP recebeu a representação do advogado Antônio de Paulo Azevedo Marques, que defende o fazendeiro, requisitando a abertura de inquérito contra Prado. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, fez o mesmo pedido. A polícia foi ao escritório do golpista, mas já não havia mais ninguém lá. A Justiça decretou a prisão de Prado."

COMENTÁRIO:


Embora se trate de um golpe antigo ( foi muito comum nas crises financeiras pré e pós planos de estabilização econômica) ainda existem vítimas que se deixam seduzir por juros baixos, prazos longos e poucas exigências cadastrais e de garantias. Da arapuca instalada em pequenos escritórios modestos às luxuosas dependências, folhetos ilustrados e informações de filial de bancos estrangeiros inexistentes, o estelionatário cresce na aparência, no conhecimento técnico e no modo de vida elegante, de forma a criar um palco e um artista que convençam a platéia dos carentes de suporte financeiro. Na mesma proporção, cresce o volume das transações e o tamanho do golpe.



NOVO GOLPE COM CARTÃO DE DÉBITO


Se você está acostumado a realizar pagamentos com cartões de débito automático, muito cuidado ao efetuar este tipo de operação .Os pilantras sempre imaginam e criam uma maneira de nos enganar aproveitando-sede um momento de distração. Ao efetuar um recebimento via débito automático, o operador passa o cartão, não registra nenhum valor e pede que digitemos a senha no aparelho. Entretanto, não percebemos que o mesmo não digitou o valor da compra e então, ao digitar a nossa senha, ela aparecerá no display, no lugar que seria o do valor. O operador, espertamente diz que houve um erro e pede novamente o nosso cartão. Passa-o outra vez , registra o valor e pede que digitemos a senha.Agora ele já possui o número do cartão - gravado na sua memória durante na operação não concluida -, a senha e o nosso Banco.De posse dessas informações os nossos cartões são clonados e os mesmos efetuam diversas compras em nosso nome.Preste muita atenção, ao passar o cartão não digite a senha sem antes conferir o valor da compra que aparecerá no display da maquininha. Somente depois de conferir o valor é que você poderá digitar a sua Senha.

13 fevereiro 2007

Mais um alerta de virus na Internet


AMIGOS, ESTOU ENCAMINHANDO POR SER VERDADE...CUIDADO É VIRUS PODEROSO... NÃO CLIQUE NO LINK QUE VEM COM ISTO: tinyurl E UM OUTRO COM ISSO: doiop.


Está circulando entre os usários atualmente o mais novo virus.Ele chega em forma de um depoimento. Se alguém lhe mandar um depoimento com um link suspeito,dizendo:Eu gosto muito de você!!!!!!Você é muito especial para mim!!Nao tenho palavras pra explicar o que sinto por você!!!!Veja a homenagem que te fiz aqui ou coisas do gênero, nesse site:tinyurl.com/y9vpu4 não click!!!!É um CARD AMIZADE, não aceite: trata-se de um vírus...Informe a todos os seus amigos, porque, se alguém na sua lista o adicionar, vc tbm pode contrair o vírus. Divulguem o mais RÁPIDO possível, por favor!...

02 fevereiro 2007

A OUSADIA DOS GOLPISTAS E A JUSTIÇA


PRESOS FORAM LIBERADOS MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE HABEAS CORPUS(HC) FALSOS

Esta noticia foi publicada no Migalhas de hoje:

"Ministro Francisco Peçanha Martins, do STJ, detecta fraude
O ministro Francisco Peçanha Martins, no exercício da Presidência, detectou fraude em habeas corpus no qual se pedia medida liminar para a soltura de três pacientes, todos presos na Operação "Diamante Negro", realizada pela Polícia de Minas Gerais, Ministério Público Estadual e a Secretaria de Estado da Fazenda.
Após o indeferimento da liminar pelo ministro presidente Raphael de Barros Monteiro Filho, que entendeu não haver flagrante ilegalidade no ato impugnado no HC, outros advogados protocolaram petição no habeas corpus requerendo a extensão de liminar supostamente "reconsiderada e deferida" pelo ministro Francisco Peçanha Martins a outros co-réus no mesmo processo, juntando, para tanto, cópia da mencionada decisão.
O ministro constatou, porém, que, além de não haver nenhuma decisão concessiva de liminar, quer fisicamente nos autos, quer no sistema processual do STJ, a assinatura da decisão juntada pelos advogados não era sequer semelhante à sua, bem como detectou outros indícios de contrafação.
Promoveu, então, contato telefônico com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e com o Juízo de primeira instância, que noticiaram ter recebido, via fax, a decisão forjada, o que ocasionou a expedição de alvarás de soltura em favor dos pacientes do HC, que foram libertados em 26/1/07.
Diante disso, o ministro Peçanha Martins exarou despacho, determinando a expedição de ofícios à OAB/MG, à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, para a apuração dos crimes, e ao TJ/MG e ao Juízo de 1º Grau, para a recaptura dos réus ilicitamente soltos."


COMENTÁRIOS:


A administração judicial e, por consequência a sociedade, tem sido vítima de golpes como o descrito acima. Não é o primeiro; é uma golpe até comum, pois falta na administração penitenciária a cultura de contatar a autoridade emissora da ordem de soltura do réu preso - em todos os casos (meios eletrônicos e telefônicos estão disponíveis) - antes de acatá-la.

Nos processos cíveis, autos inteiros ou páginas somem dos cartórios, assinaturas de juízes e partes são falsificadas, alguns juízes e quadrilhas especializadas forjam sentenças condenatórias arrestando dinheiro ou bens de valor relevante de vítimas abonadas como bancos e empresas não financeiras, seus sócios ou administradores. Esses golpes serão facilitados com as recentes mudanças no Código de Processo Civil que favorecem aos credores a expropriação rápida de bens de devedores. A digitalização com criptografia dos processos judiciais cíveis e criminais também aprovada pelo Congresso em dezembro e que entrará em vigor após a regulamentação feita pelos Tribunais e seu aparelhamento técnico evitará as fraudes? Ora, caros leitores, este será um novo foco e paraiso dos "hackers". Leis de primeiro mundo num país com a cultura institucional do vantagismo de terceiro, acabam não atingindo os resultados ideais que as inspiraram.