21 agosto 2007

O velho golpe do paco repaginado por africanos

A MAGIA DO DINHEIRO FÁCIL


Notícia do Umuarama On Line
Paranavaí

Africanos prometiam multiplicar dinheiroA dupla estava há 20 dias em Paranavaí e há suspeitas de que o golpe tenha sido aplicado em outras cidades
ParanavaíOsmar Nunes Dois africanos foram presos em flagrante anteontem à noite num restaurante de Paranavaí quando tentavam aplicar o golpe do dinheiro falso contra um empresário da cidade. Eles prometiam transformar R$ 20 mil de notas verdadeiras em R$ 40 mil de notas falsas. O dinheiro produzido seria dividido entre os dois africanos, Paul Theophile e Pascal Koudou Kokora, ambos com 29 anos, e a vítima. Segundo o chefe da seção de furtos e roubos da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Aécio Silveira, antes de propor o negócio à vítima, os africanos permaneceram por 20 dias num hotel da cidade e sempre almoçavam no mesmo restaurante. Quando adquiriram a confiança do comerciante, fizeram a proposta que não passava de uma farsa. Policiais civis acompanharam a “transformação” do dinheiro à distância e dizem que os falsários portavam papeis comuns cortados no tamanho das cédulas de dinheiro e alguns produtos químicos coloridos. Eles intercalavam uma nota de R$ 50,00 normal no meio de papeis em branco até formar um maço e aplicavam o produto químico. O “pacote” de dinheiro deveria ficar algumas horas fechado para as notas brancas copiarem todos os detalhes das notas verdadeiras. O problema é que ao manusear as notas e montar os maços, os acusados escondiam os pacotes com o dinheiro verdadeiro e acrescentavam os maços que já estavam prontos numa sacola e continham apenas papel em branco. No final do golpe, a vítima ficaria com os maços de papel e os dois com os pacotes onde estava o dinheiro. Antes de concluir o golpe, a dupla foi presa em flagrante pelos policiais.A polícia suspeita que os africanos já aplicaram o golpe em outras cidades da região e também investiga se há envolvimento de algum morador da região com a dupla. Ao verificar a documentação deles, a polícia descobriu que os dois estão em situação irregular no País. Paul Theophile é acusado de falsidade ideológica em Jataí(GO) e foi notificado em fevereiro passado para deixar o Brasil. O amigo dele está no Brasil como refugiado e já tem passagens pela Polícia Federal, também por estelionato praticado em Guarulhos(SP) e Campo Grande (MS). Os africanos permaneceram ontem em Paranavaí, mas seriam transferidos para a Delegacia da PF em Maringá, de onde devem ser extraditados para a Costa do Martim, o país de origem deles.

Comentários:


A sedução do dinheiro fácil leva os "espertos" a caírem nesse golpe antigo que os nigerianos reformularam com lábia, tinta e magia de mãos que trocam pacotes de dinheiro por papel cortado. Impressoras de alta definição também são usadas para "fabricar" dinheiro e empulhar suas vítimas. Ganância, ganância, ganância, é tudo ganância!







15 agosto 2007

BANDIDOS Á SOLTA


Estelionatário que estava em prisão semi-aberta é preso após aplicar golpe


Plantão Publicada em 13/08/2007 às 19h31mVera Araújo - O Globo
RIO - Policiais da 24ª DP (Piedade) prenderam no final da tarde de hoje, o estelionatário Mauro Wandermuron Barbosa, de 34 anos. O criminoso, que estava em regime de prisão semi-aberta, depois de cumprir sete dos 29 anos de condenação por roubo, aplicava golpes durante o dia e, à noite, dormia num instituto de ressocialização. A prisão foi realizada seis horas e meia após o registro de tentativa de estelionato na delegacia de São Fidélis, a 327 quilômetros do Rio.
Mauro tentou comprar uma motocicleta Falcon, financiada no valor de R$ 11 mil, em nome do um sargento do Corpo de Bombeiros, Gesly Souza, lotado em São Fidélis. O bombeiro procurou a delegacia do município, após ser comunicado por uma financeira de que seu crédito estava aprovado. O estelionatário usou documentos falsificados do militar, com fotos suas para conseguir o financiamento.
Os agentes da delegacia de Piedade, informados pelos colegas de São Fidélis sobre o caso, foram até a agência Locar Veículos, na Avenida Dom Hélder Câmara, 8.045, no bairro, para pegar detalhes sobre o financiamento da moto. Lá, descobriram que o estelionatário deu o endereço do pai para efetuar o negócio.
Os agentes ligaram para Mauro e pediram que ele fosse à agência com um documento para ter o financiamento liberado. O estelionatário foi preso com sete carteiras e contracheques do Corpo de Bombeiros falsificados, uma carteira de habilitação, também falsa, além de uma algema.
Na ficha criminal de Mauro Wandermuren constam ainda crimes por tráfico de entorpecentes, estelionato e porte de arma.



COMENTÁRIOS


O que salta aos olhos nesta notícia é o seu final. O ora estelionatário estava solto nas ruas apesar de ter praticado crimes de tráfico de drogas, estelionato e porte de arma. Sua temporada na prisão foi proveitosa para sua aprendizagem, um curso de pós graduação como soem ser as prisões deste país. E a leniência de algum juiz permitiu que este facínora fosse libertado e prosseguisse na sua carreira de crimes. O uso de documentos de terceiros é um costume bastante comum entre os pilantras, especialmente pela falta de cuidados de muitos bancos e financeiras ao conceder créditos. O "conheça o seu cliente" regra do Banco Central para evitar lavagem de dinheiro, se usada corretamente, também evitaria golpes. Portanto, cuidado se perder documentos, inclusive de parentes mortos - o uso criminoso de documentos de pessoas falecidas no acidente do avião da Gol está na manchete dos jornais. Em caso de extravio ou roubo, não deixe de avisar a Polícia e fique com cópia do boletim de ocorrência. Isto evitará cobranças e outros problemas futuros.

09 agosto 2007

A tecnologia na mão dos fraudadores


Destacamos essa informação para alertar sobre a facilidade com que os pilantras conseguem falsificar imagens fotográficas ou de filmes.




BLOG DO MAURÍCIO GREGO
Hacker diz que fotos da Al Qaeda são falsas

Ayman al-Zawahiri: Krawetz diz que a imagem foi manipulada
Dados gravados nos arquivos indicam que as fotos foram editadas.
O especialista em segurança Neal Krawetz, da empresa Hacker Factor, fez uma apresentação interessante no Black Hat, congresso de segurança da informação que aconteceu na semana passada em Las Vegas, nos EUA. Ele vem estudando maneiras de detectar se uma foto foi manipulada no computador ou não. Para isso, Krawetz, que é PhD em ciência da computação, examina os dados gravados no arquivo da imagem em busca de indícios de alteração.
Como exemplo, Krawetz apresentou fotogramas de vídeos e fotos mostrando Ayman al-Zawahiri e de outros líderes da Al Qaeda. Para Krawetz, muitas das imagens que circulam por aí foram manipuladas. Um indício disso é a existência de halos em volta do próprio al-Zawahiri e de alguns objetos presentes nas fotos. Imperceptíveis a um observador comum, os halos podem ser enfatizados de modo a se tornar mais visíveis. A presença deles sugere que alquele objeto foi recortado e colado num novo fundo.
Há outros sintomas de falsificação que podem ser detectados por um aplicativo ou mesmo pela análise cuidadosa da imagem. Examinando superfíceis com textura, por exemplo, pode-se identificar de onde vinha a luz que iluminava a cena no instante da foto. Se a direção de iluminação de um objeto é diferente da dos demais, esse é um indício de que ele foi fotografado separadamente e, depois, acrescentado à foto.
Mas não é só isso. Os arquivos JPEG incluem tabelas de quantificação que definem quanto cada cor do espectro luminoso vai ser comprimida. Quando alguém ajusta o nível de qualidade de uma imagem JPEG na câmera fotográfica ou num editor de imagens, está, entre outras coisas, alterando a tabela de quantificação. Cada câmera ou editor de imagens emprega tabelas diferentes. Se uma foto foi feita com uma câmera digital e, depois, alterada e salva num editor de imagens, a tabela de quantificação final será a do aplicativo; e há boas chances de ela ser diferente da tabela da câmera. Esse é também um indício de que a imagem foi editada.
Neal Krawetz não se arriscou a dizer quem alterou as imagens ou com que objetivo. Sua pesquisa limitou-se a apontar quais imagens têm indícios de manipulação e que operações parecem ter sido feitas nelas. Em alguns casos, esses indícios são bastante claros. Em outros, eles existem mas não são conclusivos, de modo que não é possível ter certeza de que a foto foi mesmo alterada.

02 agosto 2007

Políticos como referência

Essa notícia vem lá do Maranhão, do Jornal Pequeno, on-line

Vigarista maranhense dá golpe com nome de Fernando Sarney

Data de Publicação: 31 de julho de 2007

“Trinta pau pra eu” O golpista Carlos Roberto Prado, o popular Prado Carioca, preso ano passado acusado de usar o nome do então governador José Reinaldo (PSB) e do empresário e vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, para achacar empresários, voltou a atacar. Uma nota publicada na coluna Elio Gaspari – domingo (29) –, sob o título “Trinta pau pra eu”, informa que “voltou ao ar o vigarista que se intitula Fernando Sarney e pede a governos e empresários um dinheirinho (coisa de R$ 30 mil) para trazer um conjunto de músicos do folclore maranhense ao Sul do país”. A coluna é publicada simultaneamente no jornal O Estado do Maranhão.Prado Carioca, que chegou a freqüentar o curso de Publicidade e Propaganda da Fama, foi preso pela polícia ano passado acusado de usar o nome de José Reinaldo para pedir dinheiro a empresários de várias partes do país. Dono de um excelente papo, o golpista usa uma entidade filantrópica em seu nome na tentativa de convencer as vítimas a doarem até R$ 30 mil para ele levar grupos de bumba-meu-boi, principalmente para o sul do país.Durante sua prisão em 2006, a polícia informou que ele tinha feito contato com a Empresa Sadia usando o nome do governador. Nesse ano, usando novamente o nome do vice-presidente da CBF, ele já ligou para a assessoria do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e para o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela.Prado, que se lançou há alguns anos à presidência do Moto e desfilava na cidade numa BMW, fez contatos com banqueiros, com o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e com a empresa paraense Castillo e Propaganda, de onde teria conseguido uma “doação” de R$ 15 mil. Ele responde a processos pelos crimes que tem cometido.
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COMENTÁRIO:
Muitos vigaristas adoram apresentar-se como parente, grande amigo, afilhado, secretário, homem de confiança ... de políticos renomados e influentes. O "sabe com quem está falando?" é uma das fortes características do personalismo que mora na alma do brasileiro, junto com o "jeitinho", com o "levar vantagem em tudo", com o "tenho um padrinho político", com o "sou, quem não é?" e outros impulsos que o ajudam a acomodar-se no desrepeito às leis e normas éticas de conduta.
Os pilantras sabem disso e se aproveitam para dar seus golpes. Usam a fama de políticos poderosos, seja para obter doações de empresários e politicos locais, como nesse caso narrado pelo jornal, seja para vender aprovação de verbas federais ou estaduais para projetos de interesse de prefeitos de pequenas cidades, mediante propina a ser repartida com a vítima. A corrupção sistêmica e impune , que inunda as páginas da imprensa e os noticiários da televisão, acaba dando credibilidade às propostas indecorosas dos "agentes de maracutaias".
Quando são presos ( a polícia só costuma incomodá-los quando o caso é noticiado) cumprem 1/6 de brandas penas; 6 a 7 meses depois estão nas ruas de outra cidade com sua confiável estampa e lábia hipnótica.