NOTÍCIA EM "O POVO" Fortaleza
ESTELIONATO
Homem falsificava documentos
Nicolau Araújoda Redação
Polícia prende um dos maiores estelionatários do País. Ele operava "escritório" de documentos falsos e teria feito rombos em centros financeiros
31/10/2007 02:55
Um dos maiores falsificadores de documentos do país foi preso na manhã de ontem, na Maraponga, em uma ação conjunta da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP). Segundo a Polícia, o cearense Francisco Ferreira Júnior, 42, operava há anos um "escritório" de falsificação de documentos, que funcionaria inclusive em outras regiões do Brasil. Segundo o titular da DDF, delegado Andrade Júnior, as investigações foram intensificadas depois das prisões de dois homens que deram um rombo no comércio de veículos de Fortaleza, há cinco meses, com toda uma documentação adulterada por Francisco Ferreira. "É uma pessoa capaz de transformar qualquer pessoa em um homem de negócios. Tudo por intermédio de documentação falsa. Através da informática, ele criava comprovantes de endereços, CPFs, RGs, CNHs, faturas de cartões de crédito, contracheques e até formulários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", ressaltou Andrade Júnior. "A identidade do próprio estelionatário é um desafio para a Polícia, pois ele nos apresentou 16 diferentes registros (RGs). Acreditamos que o nome dele seja mesmo Francisco Ferreira Júnior, porque em 2003 ele foi preso pelo delegado (Luís Carlos) Dantas (hoje, superintendente da Polícia Civil). Foi a última vez que havíamos colocado as mãos nele (acusado)", comentou. A Polícia investiga agora uma provável ramificação do estelionatário com quadrilhas que atuam nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. "Além de documentos de Brasília, também apreendemos com o estelionatário um comprovante falso de pagamento pelo serviço de uma operadora de telefonia celular, que não opera no Ceará", observou o titular da DDF. Em depoimento, Francisco Ferreira Júnior disse que o seu "trabalho" não teria preço, pois dependeria do "serviço" desejado pelo "cliente". Ele chegou a exemplificar que falsificar uma Carteira Nacional de Habilitação era mais barato que a falsificação de um formulário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo a justificativa do estelionatário, a CNH não daria lucro para o seu "cliente", enquanto o formulário do Ministério poderia resultar em uma concorrência pública ou empréstimos bancários. Outros dois homens foram presos nas proximidades da residência onde funcionava o "escritório" de Francisco Ferreira Júnior. Um deles foi confundido com o estelionatário, mas a dupla seria "cliente" do acusado. Os dois homens, que ainda estão sendo investigados por outros crimes e não tiveram suas identidades reveladas, haviam encomendado documentação para um golpe contra uma revendedora de veículos. (Colaborou Landry Pedrosa)
Homem falsificava documentos
Nicolau Araújoda Redação
Polícia prende um dos maiores estelionatários do País. Ele operava "escritório" de documentos falsos e teria feito rombos em centros financeiros
31/10/2007 02:55
Um dos maiores falsificadores de documentos do país foi preso na manhã de ontem, na Maraponga, em uma ação conjunta da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP). Segundo a Polícia, o cearense Francisco Ferreira Júnior, 42, operava há anos um "escritório" de falsificação de documentos, que funcionaria inclusive em outras regiões do Brasil. Segundo o titular da DDF, delegado Andrade Júnior, as investigações foram intensificadas depois das prisões de dois homens que deram um rombo no comércio de veículos de Fortaleza, há cinco meses, com toda uma documentação adulterada por Francisco Ferreira. "É uma pessoa capaz de transformar qualquer pessoa em um homem de negócios. Tudo por intermédio de documentação falsa. Através da informática, ele criava comprovantes de endereços, CPFs, RGs, CNHs, faturas de cartões de crédito, contracheques e até formulários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", ressaltou Andrade Júnior. "A identidade do próprio estelionatário é um desafio para a Polícia, pois ele nos apresentou 16 diferentes registros (RGs). Acreditamos que o nome dele seja mesmo Francisco Ferreira Júnior, porque em 2003 ele foi preso pelo delegado (Luís Carlos) Dantas (hoje, superintendente da Polícia Civil). Foi a última vez que havíamos colocado as mãos nele (acusado)", comentou. A Polícia investiga agora uma provável ramificação do estelionatário com quadrilhas que atuam nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. "Além de documentos de Brasília, também apreendemos com o estelionatário um comprovante falso de pagamento pelo serviço de uma operadora de telefonia celular, que não opera no Ceará", observou o titular da DDF. Em depoimento, Francisco Ferreira Júnior disse que o seu "trabalho" não teria preço, pois dependeria do "serviço" desejado pelo "cliente". Ele chegou a exemplificar que falsificar uma Carteira Nacional de Habilitação era mais barato que a falsificação de um formulário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo a justificativa do estelionatário, a CNH não daria lucro para o seu "cliente", enquanto o formulário do Ministério poderia resultar em uma concorrência pública ou empréstimos bancários. Outros dois homens foram presos nas proximidades da residência onde funcionava o "escritório" de Francisco Ferreira Júnior. Um deles foi confundido com o estelionatário, mas a dupla seria "cliente" do acusado. Os dois homens, que ainda estão sendo investigados por outros crimes e não tiveram suas identidades reveladas, haviam encomendado documentação para um golpe contra uma revendedora de veículos. (Colaborou Landry Pedrosa)
COMENTÁRIO
É incrivel como os vigaristas conseguem falsificar carteiras de identidade e outros documentos oficiais. A colaboração de funcionários corruptos muitas vezes está por trás disso. Depois, os pilantras partem para o farto aproveitamento do crédito por internet facilitado pelas instituições financeiras ou por comerciantes que vendem a prazo. Suas perdas são cobertas pelo "seguro de risco" embutido nas elevadas taxas de juros que são cobradas dos bons pagadores. Está em torno de 18% ao ano atualmente este adicional de remuneração que permite cobrir prejuizos da temerária facilitação do crédito. No finaciamento de automóveis a concorrência determina cobertura menor. Logo teremos aqui no Brasil o estouro da bolha do mercado de veículos inflada pela falta de pagamento de prestações em função da perda de capacidade de pagamento dos financiados de médio e baixo poder aquisitivo contaminados pela febre do consumismo, como recentemente ocorreu no mercado imobiliário norte-americano.
Aguardem: o apagão do crédito vem ai!