Alguns trapaceiros são dotados de habilidades intuitivas que facilitam sua atividade espúria. A eficácia do golpe depende primordialmente da perturbação momentânea da capacidade da vítima refletir durante os instantes fatais.
Isto fica evidenciado no depoimento de várias pessoas que se deixaram enganar.
Uma delas, senhora de 76 anos, foi abordada em casa por um sujeito bem vestido que se apresentou como funcionário da Caixa com a estória de renovar a cartão do banco. Trazia um envelope timbrado do estabelecimento bancário e perguntando se ela havia viajado, pois o gerente tentara comunicar-se com ela várias vezes sem sucesso. Como o cartão de saques estava vencido ele o encarregara de proceder a atualização com um equipamento especial que portava consigo para atender na residência as pessoas idosas ou com problemas físicos, um novo serviço disponibilizado recentemente pela Caixa. Transcrevemos a seguir o depoimento da vítima ao repórter do Jornal da Manhã On Line (06-012-06):
“Ele me hipnotizou. Tudo o que me pedia eu arrumava. Ele me pediu o número da carteira de identidade e eu passei. Depois pediu a senha do meu cartão, em seguida solicitou o cartão.”
O “funcionário” pegou o cartão da vítima, passou numa máquina portátil e o colocou dentro de um envelope. Disse para só abrir o envelope, diante do gerente da Caixa na próxima terça, para a sua autenticação. O trapaceiro despediu-se e foi embora. Mais tarde , a mulher desconfiou de algo errado, abriu o envelope e descobriu a farsa. O vigarista agira como um ilusionista. Trocara o cartão pelo de uma outra pessoa. A vítima ligou para o banco, mas já havia sido sacado o saldo de R$ 800,00.
Que poder é esse de serpente que encanta e paralisa o pássaro para dar o bote? Só os psicólogos conseguem explicar.
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