13 novembro 2007

A CURIOSIDADE E CRIMES PELA INTERNET


A curiosidade é a capacidade natural e inata da inquirição, observada em muitas espécies animais, que impulsiona a investigação, a exploração e o aprendizado. Ela faz com que ser humano obtenha novas informações agregando-as às que já possui. É o desejo de ver ou conhecer algo até então desconhecido.
Motor da ciência e suas descobertas em prol da humanidade, da aventura pelos “mares nunca dantes navegados” no dizer de Camões, da exploração do espaço pelas naves tripuladas ou não, do olhar profundo dos telescópios tentando desvendar os mistérios do Universo, a curiosidade é o passo inicial da criança pelo ambiente que a cerca, do estudante no seu aprendizado, do turista que viaja pelo país e pelo mundo, do consumidor que adquire um novo produto incitado pela publicidade...
Na vida contemporânea, a internet abre novas e imensuráveis fronteiras para a pesquisa de qualquer pessoa que pretenda adquirir novos conhecimentos e desenvolver relacionamentos. É um instrumento maravilhoso que, no entanto, como todas tecnologias à disposição dos seres humanos, pode ser utilizada para o bem ou para o mal.
Sofisticados hackers difundem “espiões” nos computadores alheios a fim de obter informações que lhes permitam acessar contas bancárias e apropriar-se do dinheiro nelas existente, de nódoas pessoais que possibilitem chantagens e de segredos industriais que são vendidos a concorrentes, de sistemas de segurança militares nos casos de espionagem entre países e por ai adiante. Outros meliantes de menor envergadura, simplesmente usam a internet para seus golpes e vigarices: vender produtos falsificados ou que simplesmente não existem ou nunca são entregues, angariar donativos para caridade própria, difamar concorrentes ou meros adversários pessoais, obter dados confidenciais que possam ser utilizados para marketing de venda ou que permitam a facilitação de crimes contra a pessoa ou seu patrimônio. Há também safardanas que extravasam seus maus instintos instalando vírus para inutilizar computadores de gente conhecida ou não. São como os “pichadores” e “depredadores” que pelas ruas se satisfazem danificando a propriedade alheia sem nenhuma vantagem que não a da manifestação do prazer mórbido de agredir o mundo.
A curiosidade humana é o instinto que, na internet, a maioria dos pilantras e criminosos explora e usa por meio de mensagens tais como:
“ Veja as fotos da nossa festa”
“ Achei sua foto divulgada num site pornográfico. Clique e veja.”
“ Você ganhou um prêmio da nossa promoção. Clique aqui para saber como recebê-lo”
“Seu nome acaba de figurar na lista da SERASA. Entre em nosso site e saiba como limpá-lo!”
“ A pessoa que o ama lhe mandou um cartão. Clique para visualizá-lo”
A criatividade dos golpistas é imensa. A todo o momento, inventam novos meios de atrair vítimas com base na curiosidade, impulso nem sempre fácil de refrear.
Ultimamente não se pode confiar em mensagens falsamente enviadas por pessoas ou organizações bem conhecidas que nos levam a clicar num ícone ou acessar o site indicado, pois os picaretas usam as facilidades da clonagem virtual de perfis e de sinais identificadores, inclusive da Receita Federal, da Polícia e da Justiça. Portanto, contenha o gesto perigoso! Na dúvida, consulte a pessoa ou entidade mencionada.

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