09 agosto 2007

A tecnologia na mão dos fraudadores


Destacamos essa informação para alertar sobre a facilidade com que os pilantras conseguem falsificar imagens fotográficas ou de filmes.




BLOG DO MAURÍCIO GREGO
Hacker diz que fotos da Al Qaeda são falsas

Ayman al-Zawahiri: Krawetz diz que a imagem foi manipulada
Dados gravados nos arquivos indicam que as fotos foram editadas.
O especialista em segurança Neal Krawetz, da empresa Hacker Factor, fez uma apresentação interessante no Black Hat, congresso de segurança da informação que aconteceu na semana passada em Las Vegas, nos EUA. Ele vem estudando maneiras de detectar se uma foto foi manipulada no computador ou não. Para isso, Krawetz, que é PhD em ciência da computação, examina os dados gravados no arquivo da imagem em busca de indícios de alteração.
Como exemplo, Krawetz apresentou fotogramas de vídeos e fotos mostrando Ayman al-Zawahiri e de outros líderes da Al Qaeda. Para Krawetz, muitas das imagens que circulam por aí foram manipuladas. Um indício disso é a existência de halos em volta do próprio al-Zawahiri e de alguns objetos presentes nas fotos. Imperceptíveis a um observador comum, os halos podem ser enfatizados de modo a se tornar mais visíveis. A presença deles sugere que alquele objeto foi recortado e colado num novo fundo.
Há outros sintomas de falsificação que podem ser detectados por um aplicativo ou mesmo pela análise cuidadosa da imagem. Examinando superfíceis com textura, por exemplo, pode-se identificar de onde vinha a luz que iluminava a cena no instante da foto. Se a direção de iluminação de um objeto é diferente da dos demais, esse é um indício de que ele foi fotografado separadamente e, depois, acrescentado à foto.
Mas não é só isso. Os arquivos JPEG incluem tabelas de quantificação que definem quanto cada cor do espectro luminoso vai ser comprimida. Quando alguém ajusta o nível de qualidade de uma imagem JPEG na câmera fotográfica ou num editor de imagens, está, entre outras coisas, alterando a tabela de quantificação. Cada câmera ou editor de imagens emprega tabelas diferentes. Se uma foto foi feita com uma câmera digital e, depois, alterada e salva num editor de imagens, a tabela de quantificação final será a do aplicativo; e há boas chances de ela ser diferente da tabela da câmera. Esse é também um indício de que a imagem foi editada.
Neal Krawetz não se arriscou a dizer quem alterou as imagens ou com que objetivo. Sua pesquisa limitou-se a apontar quais imagens têm indícios de manipulação e que operações parecem ter sido feitas nelas. Em alguns casos, esses indícios são bastante claros. Em outros, eles existem mas não são conclusivos, de modo que não é possível ter certeza de que a foto foi mesmo alterada.

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