02 agosto 2007

Políticos como referência

Essa notícia vem lá do Maranhão, do Jornal Pequeno, on-line

Vigarista maranhense dá golpe com nome de Fernando Sarney

Data de Publicação: 31 de julho de 2007

“Trinta pau pra eu” O golpista Carlos Roberto Prado, o popular Prado Carioca, preso ano passado acusado de usar o nome do então governador José Reinaldo (PSB) e do empresário e vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, para achacar empresários, voltou a atacar. Uma nota publicada na coluna Elio Gaspari – domingo (29) –, sob o título “Trinta pau pra eu”, informa que “voltou ao ar o vigarista que se intitula Fernando Sarney e pede a governos e empresários um dinheirinho (coisa de R$ 30 mil) para trazer um conjunto de músicos do folclore maranhense ao Sul do país”. A coluna é publicada simultaneamente no jornal O Estado do Maranhão.Prado Carioca, que chegou a freqüentar o curso de Publicidade e Propaganda da Fama, foi preso pela polícia ano passado acusado de usar o nome de José Reinaldo para pedir dinheiro a empresários de várias partes do país. Dono de um excelente papo, o golpista usa uma entidade filantrópica em seu nome na tentativa de convencer as vítimas a doarem até R$ 30 mil para ele levar grupos de bumba-meu-boi, principalmente para o sul do país.Durante sua prisão em 2006, a polícia informou que ele tinha feito contato com a Empresa Sadia usando o nome do governador. Nesse ano, usando novamente o nome do vice-presidente da CBF, ele já ligou para a assessoria do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e para o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela.Prado, que se lançou há alguns anos à presidência do Moto e desfilava na cidade numa BMW, fez contatos com banqueiros, com o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e com a empresa paraense Castillo e Propaganda, de onde teria conseguido uma “doação” de R$ 15 mil. Ele responde a processos pelos crimes que tem cometido.
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COMENTÁRIO:
Muitos vigaristas adoram apresentar-se como parente, grande amigo, afilhado, secretário, homem de confiança ... de políticos renomados e influentes. O "sabe com quem está falando?" é uma das fortes características do personalismo que mora na alma do brasileiro, junto com o "jeitinho", com o "levar vantagem em tudo", com o "tenho um padrinho político", com o "sou, quem não é?" e outros impulsos que o ajudam a acomodar-se no desrepeito às leis e normas éticas de conduta.
Os pilantras sabem disso e se aproveitam para dar seus golpes. Usam a fama de políticos poderosos, seja para obter doações de empresários e politicos locais, como nesse caso narrado pelo jornal, seja para vender aprovação de verbas federais ou estaduais para projetos de interesse de prefeitos de pequenas cidades, mediante propina a ser repartida com a vítima. A corrupção sistêmica e impune , que inunda as páginas da imprensa e os noticiários da televisão, acaba dando credibilidade às propostas indecorosas dos "agentes de maracutaias".
Quando são presos ( a polícia só costuma incomodá-los quando o caso é noticiado) cumprem 1/6 de brandas penas; 6 a 7 meses depois estão nas ruas de outra cidade com sua confiável estampa e lábia hipnótica.

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