Paranavaí
ParanavaíOsmar Nunes Dois africanos foram presos em flagrante anteontem à noite num restaurante de Paranavaí quando tentavam aplicar o golpe do dinheiro falso contra um empresário da cidade. Eles prometiam transformar R$ 20 mil de notas verdadeiras em R$ 40 mil de notas falsas. O dinheiro produzido seria dividido entre os dois africanos, Paul Theophile e Pascal Koudou Kokora, ambos com 29 anos, e a vítima. Segundo o chefe da seção de furtos e roubos da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Aécio Silveira, antes de propor o negócio à vítima, os africanos permaneceram por 20 dias num hotel da cidade e sempre almoçavam no mesmo restaurante. Quando adquiriram a confiança do comerciante, fizeram a proposta que não passava de uma farsa. Policiais civis acompanharam a “transformação” do dinheiro à distância e dizem que os falsários portavam papeis comuns cortados no tamanho das cédulas de dinheiro e alguns produtos químicos coloridos. Eles intercalavam uma nota de R$ 50,00 normal no meio de papeis em branco até formar um maço e aplicavam o produto químico. O “pacote” de dinheiro deveria ficar algumas horas fechado para as notas brancas copiarem todos os detalhes das notas verdadeiras. O problema é que ao manusear as notas e montar os maços, os acusados escondiam os pacotes com o dinheiro verdadeiro e acrescentavam os maços que já estavam prontos numa sacola e continham apenas papel em branco. No final do golpe, a vítima ficaria com os maços de papel e os dois com os pacotes onde estava o dinheiro. Antes de concluir o golpe, a dupla foi presa em flagrante pelos policiais.A polícia suspeita que os africanos já aplicaram o golpe em outras cidades da região e também investiga se há envolvimento de algum morador da região com a dupla. Ao verificar a documentação deles, a polícia descobriu que os dois estão em situação irregular no País. Paul Theophile é acusado de falsidade ideológica em Jataí(GO) e foi notificado em fevereiro passado para deixar o Brasil. O amigo dele está no Brasil como refugiado e já tem passagens pela Polícia Federal, também por estelionato praticado em Guarulhos(SP) e Campo Grande (MS). Os africanos permaneceram ontem em Paranavaí, mas seriam transferidos para a Delegacia da PF em Maringá, de onde devem ser extraditados para a Costa do Martim, o país de origem deles.
Comentários:
A sedução do dinheiro fácil leva os "espertos" a caírem nesse golpe antigo que os nigerianos reformularam com lábia, tinta e magia de mãos que trocam pacotes de dinheiro por papel cortado. Impressoras de alta definição também são usadas para "fabricar" dinheiro e empulhar suas vítimas. Ganância, ganância, ganância, é tudo ganância!
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