30 novembro 2006


MAIS UMA ESTÓRIA DE FALSO FISCAL

Notícia em O POVO ON LINE de Fortaleza, 29/11/2006


"FLAGRANTE: Estelionatário é preso por golpe do IPTU

Policiais da Delegacia de Defraudações e Falsificações prenderam em flagrante, ontem, o estelionatário Alcy Pereira Paixão, 43, que se passava por fiscal da Prefeitura de Fortaleza para conseguir o número das contas correntes das vítimas, como ainda suas senhas bancárias. O estelionatário entrava em contato com as vítimas e afirmava que havia um dinheiro a ser restituído para a mesma, diante de um pagamento efetuado a mais, referente ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo o inquérito instaurado pela delegada Rosicleide de Castro, para conseguir a "restituição", a vítima fornecia sua conta bancária para o "depósito" do dinheiro, como também era iludida pelo estelionatário a fornecer a senha. Uma das vítimas do estelionatário foi uma senhora que perdeu o dinheiro de um empréstimo pré-aprovado, no valor de R$ 6 mil, após fornecer a sua conta e a sua senha bancária para Alcy Pereira. Segundo o Boletim de Ocorrência da vítima, todo mês ela paga uma parcela da dívida que não contraiu. Alcy Pereira havia sido preso, em junho de 1993, após lesar duas pessoas em uma prática de estelionato, mas o processo foi arquivado um ano depois"


COMENTÁRIO


A divulgação de fatos ocorridos em cidades do interior e em outros estados é uma forma de alertar os leitores do blog contra as variações de um mesmo golpe, neste caso o do "falso fiscal". A criatividade incomensurável dos pilantras e a facilidade com que os considerados "peixes pequenos"escapam às redes da lei (já não cabem nas prisões os condenados por crimes violentos) possibilita a repetição do mesmo modo de operar em cidades distantes. Em breve o indigitado Alcy Pereira, com outro nome e documentos falsos estará nadando no Rio de Janeiro, em São Paulo ou na cidade que sua intuição apurada lhe indicar. Cabe às possiveis vitimas desta especie de conto refletirem: o governo restitui algum imposto cobrado a mais sem uma ação do contribuinte, seja a declaração de imposto de renda, ou, em qualquer outra hipótese, um demorado processo administrativo ou judicial?

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